quinta-feira, 27 de julho de 2006

A SAUDADE MATA A GENTE II




Sozinho Sem Solidão
Arnaldo Antunes

Do tamanho de um punho fechado
Meu coração
Do tamanho que o fermento dá ao pão
Um sentimento estranho
Desde dentro rasga um vão
Planta que nasce do grão
Planeta de uma explosão
Do tamanho, tamanho de um sonho
Não sei onde ponho
Montanha, chão
Caminho sem direção
Fogo sem lenha
Sozinho sem solidão
Carinho sem minha mão
***************
Seja como for
Arnaldo Antunes

Faça o que quiser
Viva o que vier
Seja onde estiver
Faça o que puder
Viva como der
Sinta o que vier
Seja o que quiser
Faça o que fizer
Pegue o que puder
Viva onde estiver
Seja como for, amor

2 comentários:

Anônimo disse...

Aqui a beleza do poema se completa, Rosinha.
Beijos.

Anônimo disse...

Rosinhaaaaaa
Adoreiiii esse seu blog...
Tanto os textinhos..perfeitos por sinal..
Quanto pelas fotinhas..lindass...
Bjossss
=*