terça-feira, 27 de abril de 2010

.na vida real



A menina era tentada a fazer o mesmo caminho. O horizonte era seu conhecido desejo. A viagem, o eterno retorno. Ora sentia-se acolhida, ora entediada, mas voltava. Como não sabia mais o que escolher, decidiu perguntar. Não obteve respostas. Assistia o rio retornar ao ponto de partida.
Mas não era sempre o mesmo rio - isso ela não sabia.
Ele se comunicava com a menina que respondia. O rio surpreendeu-se com a ausência da arrogância.
Era a palavra despida, palavra feliz - silêncio.
A menina passou a observar além do rio...
Durante o instante, quase uma eternidade do retorno do rio até seu ponto de partida, distância. A menina e o rio eram ausentes.
Não ouviram o som das águas, murmúrios das palavras ditas.
E assim...Nascia outro rio.
Nascia outra menina.
E ela nunca mais foi tentada a fazer o mesmo caminho.
Seu eterno retorno a levou para um novo horizonte!
"...Enquanto as pessoas são novas e as partituras musicais das suas vidas ainda só vão nos primeiros compassos, podem compô-las em conjunto e até trocarem temas.

Porém, quando se conhecem numa idade mais madura, as suas partituras musicais já estão mais ou menos acabadas e cada palavra, cada objeto, tem um significado diferente na partitura de cada uma..."






"Tem mais ou menos uns 10 anos que li o livro, do Milan, na época achei a leitura densa, chata. Não concordava com a visão do autor em relação a liberdade humana. Em o que vc vive ou viveu vai se viver tudo de novo indefinidamente.
Assistir ao filme mais uma vez. A otica hoje mudou
Uma outra realidade eu vivo, e em particular esse texto trouxe um cheiro especial pra mim.

Hoje estou particularmente feliz, minha vida vai se encher de bençãos de novo.
Obrigada meu DEUS."

Luz pra todos.

xero.

obs; Postei a foto da minha netinha tirada recentemente. Linda e cheia de luz, como ela eu estou.
Com ela ando vivendo tantas coisas boas... infinitas.


Um comentário:

Dois Rios disse...

Bravo, querida Rosinha!

A vida isso, um eterno puxa-e-encolhe! Havemos de saber entende-la, decifá-la e desfrutá-la.

A sua netinha é linda demais. Morro de inveja de quem já é avó. Minha filha não se anima a casa, quanto mais a me dar um neto, rss...

Beijos,
Inês