terça-feira, 7 de agosto de 2007

na quietude


Dizem os sábios que se nós não podemos dar um jeito nos grandes problemas de nossas vidas, o melhor que temos a fazer é tentar resolver os pequenos problemas.
Pois é.
Talvez não possa, neste momento, resolver uma questão que muito me incomoda.
Não depende só de mim.
Mas penso se não posso reformar a casa, pelo menos posso limpar as janelas! Como diz o ditado popular, “de grão em grão, a galinha enche o papo”.
Um grande triunfo começa com um pequeno passo. Ando só acumulando forças e não vou tentar colocar o carro na frente dos bois neste momento, não vai dá certo.
Pra que querer resolver coisas que são maiores do que minhas forças? Só pra se cansar e nada resolver?
Começar pequeno, as vezes é a unica solução.
É isso.
Ter a humildade para reconhecer o que se pode e o que não se pode fazer.
Meu ego até me pressiona a querer forçar a barra, mas no fundo de minha alma eu intui que as coisas não são por aí.
Um dia desse falei aqui que estava na inércia.
Estou mesmo, sinto que se eu mexer muito em algumas situações a tendência é piora-las.
Estou na paciência de que as coisas voltarão naturalmente para um estado de pureza interior.
Ná maré que ando, preciso ficar um pouco quieta, nada além de experiências.

 eu
Li esses dias um site de poesias.
Gosto muito dessa busca da leitura, é um verdadadeiro aprendizado.
Poesias, textos. Escritos por varias mãos, e que se integram tão facilamente em nossa vida. Viajo mesmo. Tem tanta coisa linda pra ser lida, tem tanta gente ainda escondida.
Se depender de mim, já estou mostrando.....


O que é alma para o corpo?
Um espelho, um desejo ou um sonho?
Que mortal conhece o momento,
No qual surgiu a essência, o espírito?

O que é o corpo para a alma?
Uma ponte, uma prisão ou um caminho?
Quem pode saber, com precisão,
As fronteiras entre a paixão e o sentido?

O que é essa busca incansável, febril,
Que nos leva a outros mundos, destinos?
Quem possui a cartografia da alma,
Roteiros seguros para o andarilho?

Somos o todo ou apenas uma parte,
Desta imensidão sem rótulos ou nomes?
Decifrado o grande enigma, afinal,
Encontrará o ser, a outra metade esquecida?
(Victor Sergio de Paula)... (site de www.poesias.com)

xero grande.....(rosinha)

5 comentários:

Anônimo disse...

Quando a gente se aquieta aprende a ouvir sons que normalmente nos passam despercebidos... o som do coração, por exemplo. Aquietar-se, ouvir-se, são exercícios de amor próprio. Bjo, linda.

Anônimo disse...

Sua quietude faz bem, e me faz pensar.
Nada como acumular forças, pra prosseguir.
Lindo texto.

Sanka disse...

eu escrevia sobre isso ainda há pouco... e o prazer dos primeiros passos, dos pequenos... daqueles que nos levarão ao que a gente quer... isso é impagável!

beijos!!!

Anônimo disse...

Fernando Pessoa já dizia:
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o rnundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...

Quietude.
Bjs Rosinha.

Anônimo disse...

Passagem rápida pra te desejar um lindo, lindo dia!