sábado, 15 de dezembro de 2007

houve um tempo

Quando nada mais houver, eu me erguerei cantando,saudando a vida com meu corpo de cavalo jovem..

de caio


Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem triste:sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou edifico, se permaneço ou me desfaço,- não sei, não sei.
Não sei se fico ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.,
E sei que um dia estarei mudo:- mais nada
E numa louca corrida entregarei meu ser ao ser do Tempo e a minha voz à doce voz do vento......

de cecilia meireles

4 comentários:

Anônimo disse...

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Esconderijos do Tempo

Saudades de vc.

Tatá disse...

Sábio Caio. Sábia Clarice.
Agora, tu, sem comentários, né? Esbanjando sempre alegria, descontração e muita sapiência.
Bom demais passar por aqui. Tenho preenchido muito meus espaços com suas palavras.

Xero no coração

Unknown disse...

Houve um tempo amiga em que o tempo não importava:dia,mês e ano eram medidas desconhecidas...Hj sei q o tempo corre e mim pergunto o q tou fazendo dele...Mas tempo bom msm era qdo se acreditava em papai noel, príncipe encantado, embora eu sempre achasse q não era uma princesa...Boas festa pra vc e "Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre”(Charles Chaplin)

Anônimo disse...

Opa! Deu uma misturada ai, hen?
O do Caio ficou com 2 estrofes ali quando termina o da Cecilia! rs

Achei por acaso seu blog no google, gostei, mas nao poderia dxar de fazer essa observaçao!

abraços!