quinta-feira, 30 de julho de 2009

o coração tem bordas estreitas.

Tudo isso dói.
Mas eu sei que passa, que se está sendo assim é porque deve ser assim, e virá outro ciclo, depois. Para me dar força, escrevi no espelho do meu quarto: '
Tá certo que o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é?'
É o que estou tentando vivenciar.
Certo, muitas ilusões dançaram - mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.


Também não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros insolúveis,
e becos-sem-saída.
Nada é muito terrível.
Só viver, não é?
A barra mesmo é ter que estar vivo e ter que desdobrar, batalhar um jeito qualquer de ficar numa boa.
O meu tem sido olhar pra dentro, devagar, ter muito cuidado com cada palavra, com cada movimento, com cada coisa que me ligue ao de fora.
Até que os dois ritmos naturalmente se encaixem outra vez e passem a fluir.
Porque não estou fluindo.



Tenho que ter paciência para não me perder dento de mim:
vivo me perdendo de vista.
Tenho que ter paciência porque sou vários caminhos, inclusive o fatal beco sem saída.(CL)

2 comentários:

Dois Rios disse...

Querida Rosinha,

Acabei de ler num outro blog um poema de Almada Negreiros em que havia um verso que dizia:

"E fazer frente ao impossível atrevidamente e ganhar-lhe, e ganhar-lhe a ponto do impossível ficar possível."

Enfim, como você mesma escreveu, nada é tão terrível a ponto de não conseguirmos mudar. Viver é a senha e lutar a contra-senha.

Beijos, minha flor!
Inês

Donaella disse...

" Que a força do medo que tenho,
Não me impeça de ver o que eu sei."
Oswaldo Montenegro tem me inspirado este dias. Dedico-te Metade, minha querida Rosinha!
Fique bem.
xero