"Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras.Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas, saía uma delicada melodia, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário...As ostras felizes riam dela e diziam: "Ela não sai da sua depressão..." Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. Ela pensa “esse grão me arranha, machuca, faz mal. Construirei uma superfície lisa que me propicie conforto e me livre desse incomodo, depois farei a pérola.”
rubem alves
A vida é fragil e tênue.
Estamos num eterno aprendizado. Somos uma colonia de ostras.
Ostras fortes e felizes.
Ruim, é dizer que sabe tudo, e não saber distinguir o que é certo, ruim é não lutar.
As vezes a realidade doi, não temos respostas, e daí?
Ache soluções, elas existem.
Procure se refugiar em superficies que possam lhe dá conforto.
Tenha fé no que virá.
Sempre.
eu
xerossss
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